NULLA DIES SINE LINEA
Nem um dia sem uma linha, em latim.
Atribuída ao pintor grego Apeles, que não passava um dia sequer sem o exercício de sua arte - a pintura -, a frase acima, um tanto sisuda e autoritária, denota escancaradamente que, mesmo em se tratando de algo tão subjetivo e transcendental como a arte, a disciplina é indispensável, e sem ela a arte corre o sério risco de perecer. Depender tão-somente de inspirações fortuitas faz-nos atrofiados e despreparados para bem acolhe-las, quando de suas imprevisíveis manifestações, e dá-las a forma e o polimento merecidos. Não pensem que os grandes poetas compunham seus sonetos heróicos, com belíssimas chaves de ouro e rimas ricas e raras, num sobressalto de motivação criadora que os acossava em meio à madrugada, sem que nem uma gota de sangue ou suor fosse derramada. Ademais, a visita mal-recebida vai logo embora; a inspiração, sem guarida, desvanece. Portanto, a partir destas mal-traçadas, esforços não serão poupados para fazer valer a máxima que encabeça este post. Sangue, suor e disciplina: NULLA DIES SINE LINEA.
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